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Nakoto Tamada empinando no Rio de Janeiro |
Ótima
notícia para nós, afixionados pelo motociclismo. Será em Brasília, no
autódromo Nelson Piquet.
Os
dirigentes oficiais da MotoGP fizeram uma visita ao autódromo nesta segunda
feira. O plano é que a primeira corrida aconteça na segunda metade da
temporada, em 2014. Ainda sujeito à homologação da FIM - Federação
Internacional de Motociclismo, um projeto detalhado será apresentado pelas
autoridades brasileiras e a IMX - promotora brasileira de eventos
esportivos, durante o GP da Inglaterra, no autódromo de Silverstone.
Sendo aprovado, o próximo passo será o início da reforma total do circuito,
previsto para dezembro deste ano, com uma estimativa de conclusão das obras em
meados do ano que vem.
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Tamada e sua vitória, no Rio |
A última
vez que tivemos uma etapa de MotoGP foi em 2004 no Rio de Janeiro e o vencedor
foi o rápido japonês Makoto Tamada (foto acima), primeira vitória da sua
carreira na categoria. Fatos curiosos que nessa mesma corrida, nosso
excelente piloto Alexandre Barros, com problemas de pneu, foi o 5° colocado e
Valentino Rossi também correu, tendo que abandonar a prova. Nicky
Haiden e Colin Edwards, pilotos ainda em atividade na MotoGP, como Rossi,
também participaram da prova. Valentino Rossi é veterano mesmo... e
já demonstou enorme satisfação ao saber desse retorno da grelha ao solo verde e
amarelo. Ele, como muitos, gosta muito do Brasil. Tem tudo para dar
certo. Carmelo Ezpeleta, chefe executivo da Dorna Sports, empresa de
gerenciamento, propaganda e mídia de esportes internacionais em duas rodas como
MotoGP, CEV Repsol e o campeonato europeu, em uma entrevista à motogp.com,
disse que o Brasil é um dos países mais importantes do mundo em motociclismo,
tem um horário bom para a transmissão do evento e é um desejo comum entre todos
da família MotoGP para que a grelha retorne ao Brasil, não acontecendo antes
devido a segurança ainda não ter atingido um padrão necessário.
Acreditamos que nossos dirigentes e promotores capricharam no projeto, em
vista às exigências e normas internacionais de segurança para os pilotos,
epectadores e toda a grelha da MotoGP.
MOTOCICLISMO E
AUTOMOBILISMO TAMBÉM É CULTURA
Como em todos os países sérios, ou em aqueles que pretendem ser
como tal, têm o esporte, seja a motor ou não, como cultura. Infelizmente,
no nosso país, quando se fala em esporte, só se pensa em futebol.
Até os noticiários esportivos e 90% das programações esportivas dos nossos
principais meios de comunicação são massivamente voltados para este esporte.
Isso é uma pena, pois temos uma linda história no motociclismo e no
automobilismo, nacional e internacional. O futebol é e sempre será o
principal esporte brasileiro e eu, particulamente, gosto muito, porém, temos
atletas e apaixonados por vários segmentos esportivos cujas divulgações são
super precárias, prejudicando, e muito, o incentivo, a informação e os apoios
popular e empresarial (patrocínios - importantes para o esporte). Já que
o alvo deste blog é o motociclismo mundial, vale lembrar que Eric Granado
é nosso piloto que corre na categoria mundial Moto3, categoria que, junto com a
Moto2, prepara pilotos para a categoria principal do motociclismo
mundial, ou seja, a MotoGP. Temos pilotos como Adu Celso, primeiro piloto
brasileiro a disputar o campeonato mundial de motovelocidade, hoje MotoGP, nas
temporadas de 1972 a 1975. Visite o site
motosclassicas70.com.br e leia a fascinante história de Adu. Se hoje é difícil o apoio,
imaginem nos anos 70. Inclusive foi em 1970 que ele se mudou para
Holanda para arrumar o apoio que ele não obteve no Brasil, se filiando à
Federação Holandesa de Motociclismo, onde lhe deram o apelido de "Índio
Brasileiro". Adu Celso foi o primeiro piloto brasileiro a ganhar um
grande prêmio, na Espanha no circuito de Jarama, feito que seria igualado 20
anos depois por Alexandre Barros. Curiosamente a vitória de Alexandre
Barros foi também num GP espanhol. Alexandre Barros, por sua vez, não foi
um piloto meramente coadjuvante. Detém alguns recordes históricos e,
embora não obteve um título mundial, realizou memoráveis corridas, já disputou
pelo título e sempre andou nos primeiros pelotões e figura entre os melhores do
mundo. Digite Alex
Barros na pesquisa do site
motogp.com e veja notícias e vídeos sobre ele. Um homem sereno, porém
dono de um estilo agressivo que lhe rendeu muito respeito, principalmente por
parte dos pilotos na pista. Hoje é proprietário de uma das melhores
escolas de pilotagem do Brasil e do mundo. Temos outros riders brasileiros como
Marco Greco que, antes de ingressar para o automobilismo foi piloto de
motocicletas e chegou até a participar de algumas corridas no mundial de
motovelocidade em 1985. Se fosse escrever sobre os pilotos das categorias
nacionais, brasileiro de Superbike, campeonatos estaduais e regionais,
iria alongar este assunto em demasia, pois são muitos os talentos que temos.
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Adu Celso |
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Adu Celso |
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Alexandre Barros |
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Alexandre Barros |
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Eric Granado |
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Eric Granado |
Exemplo de uma política anti-cultural foi a demolição do nosso autódromo internacional de Jacarepaguá, palco de corridas históricas, deixando órfãos os pilotos cariocas, tendo estes que viajar com seus aparelhos para estados vizinhos para treinarem ou se divertirem. Lamentável. Para quem acha que esportes a motor não é importante, saibam que afastam a juventude das drogas e da adrenalina de praticar rachas nas ruas, porque na pista você pode até ganhar um troféu, ou ser um verdadeiro campeão, mas nas ruas, o máximo que você pode ser é um verdadeiro criminoso.
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Disputa em Jacarepaguá entre Regis Laconi e Tadayuki Okada - Foto de Maurício val - mauricio@fvimagem.com |
"Leitura silenciosa"
Autódromo de Jacarepaguá: Patromônio do Esporte Brasileiro
Escrito por
Pescador de informação
15 de
Julho de 2013 em 10:40
Há cerca de 8 meses o Autódromo de Jacarepaguá foi destruído para dar lugar ao Parque Olímpico. Durante este tempo as páginas deste blog não foram atualizadas. Este silêncio foi carregado de revolta e expectativas em torno do que iria acontecer com área que já foi palco de corridas inesquecíveis em diversas categorias do automobilismo nacional e internacional.
Hoje o espaço pertence ao Consórcio Rio Mais. Isto aconteceu num passe de mágica, através de uma PPP (Parceria Público Privada) espúria onde a Prefeitura do Rio concedeu o uso do que não era dela, mas sim do Estado do Rio de Janeiro, ao tal Consórcio. Tudo isto em troca apenas das obras de infra-estrutura do mencionado Parque.
Porém, constata-se a existência de um aspecto em relação ao Parque que a população da cidade não questionou até agora: a Prefeitura do Rio já apresentou sucessivamente pelo menos quatro versões diferentes do que virá a ser o mesmo. Como o projeto da AECOM que ganhou o concurso não está sendo respeitado, aquela área pode ser tomada em breve por edifícios que nada terão a ver com o espírito Olímpico. Em nome destas diversas versões já foram destruídos não somente o Autódromo, mas também: o Velódromo, a única via asfaltada que contornava o Autódromo dando acesso ao antigo portão 7 e uma das pistas do Clube CEU. Estão programados para serem totalmente removidos: o Clube CEU e cerca de 3000 pessoas que moram na comunidade de Vila Autódromo.
O VERDADEIRO OBJETIVO destas remoções não é a construção de equipamentos Olímpicos, mas sim de uma Marina. Explicação: do outro lado da Lagoa de Jacarepaguá se tem acessso direto à Av. das Américas e a alguns condomínios de luxo como Quintas da Lagoa, Laguna, Alphaville e outros. Já pensaram em como estas terras seriam valorizadas?
Formado pelas construtoras Andrade Gutierrez, Odebrecht e Carvalho Hosken, este consórcio, no fundo, pretende fazer do local uma cidade para poucos.
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Segue fotos de momentos históricos que vão ficar nas nossas memórias e protestos em vão:
fim